sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011.

Dois mil e onze.
Que ano, que vida.
Nesse ano, tudo aconteceu
tudo pro bom, tudo pro ruim.
Comecei o ano bem. 1Kg de farofa na cara e muito amor.
Nesse ano eu prometi que ia me dedicar totalmente à faculdade. Mentira. Tudo mentira.
Camila. Foi um ano inteirinho de amor e dedicação ao nosso relacionamento. Vivemos momentos bons, momentos péssimos, momentos de casal, momentos únicos. Obrigada por tudo. Mesmo separadas, te levo comigo.
Foi o ano do Rock, foi o ano do Rock in Rio. Mistura única de cansaço e alegria. 
De experiências loucas e dias sem dormir.
Vinícius. Um amigo, um irmão, um ser único. Dois mil e onze, foi o ano que te perdi. Que te "perdi" pra vida eterna. Nos encontraremos algum dia. Eu sei que sim.
Amanda. Amiga, companheira, Amanda. Você me ajudou quando perdi meu chão, quando me vi sozinha. Obrigada por estar ao meu lado até agora e aturar minhas crises existências e conflitos internos.

Te espero 2012.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011



Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
Eu soubesse repor 
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!

Manuel Bandeira

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

NEOLOGISMO

"Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo:
Teadoro, Teodora." 

Manuel Bandeira

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


"[...] permitindo a idiotice entrar de novo, somos todos idiotas para sempre idiotizados para sempre. alegremente. agora."

Charles Bukowski

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas; Se eu soltar, ela vai às compras. Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina elétrica de fazer pão. Então, ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'. Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. Eu me casei com uma mulher cujo sobrenome é "Certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "Sempre". Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la... Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu respondi: 'Poeira'. No começo Deus criou o Mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso. Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente, ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu a olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei, dizendo: "- Quando você terminar de cortar a grama, pode também varrer a calçada." Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida. "O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa ... a outra é o marido!..."

Luís Fernando Veríssimo



segunda-feira, 31 de outubro de 2011



João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade

sábado, 22 de outubro de 2011

"Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. ...Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo". ♥